quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Tempo e Conhecimento

Não tenho a intenção de difamar ou denegrir a minha religião, nem muito menos falar mal da casa dos outros, mas me entristece muito ver gente “velha de santo” com tão pouco conhecimento. O que está acontecendo? Eu acredito que buscamos uma religião para crescer espiritualmente, e tem como fazer isso sem conhecimento? 


Certa vez ouvi a seguinte frase:



- Estou aqui apenas para servi o Orixá, não me interessa aprender nada!

Okay! Também creio que somos servos dos Orixá, mas porque não servi com qualidade, com propriedade? Que “evolução” tem em ser um “repetidor”?

O candomblé é riquíssimo em cultura, história e liturgia, o que muita gente não entende é que a oralidade é muito importante, mas que já temos outras formas de guardar e transmitir a sabedoria do Orixá, eu opto em registar através da escrita e treinamentos, pois se amanhã um yawò ou egbomi meu falar que não aprendeu nada em casa, eu terei minha consciência tranquila, que fiz meu papel de líder religioso, deixando claro que não vou discutir sobre “qualidade”, com yawò que não sabe nem fazer um acaçá.

Vamos acordar, foi o tempo que “tempo de santo” bastava. Hoje, seja você babalorixá ou egbomi, tem que ter algo a ensinar, o que transmitir ao seu mais novo, pois essa é nossa missão como membro do candomblé, levar o Axé, seja ele uma palavra de conforto, um abraço, um conselho que possa melhorar a vida do próximo, ou até mesmo defender sua fé.

Pensem nisso!


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Sobre abikú

 Salve, salve leitores do Terra dos Orixás, a muito tempo eu não escrevia, mas decidi voltar a dividir o meu cotidiano e pesquisas com vocês...